sábado, 19 de setembro de 2020

ELA, CIGANA



 Ela, Cigana.




Sou mulher do tempo, guiada pelo vento;

sou mulher do Sol e amante da Lua;

sou mulher da rua.



Sou mulher da luz e da escuridão,

minha casa é a imensidão.



Sou feiticeira antigamente perseguida,

mas ainda, por muitos, temida.



Sou andarilha sempre em busca,

guerreira sempre na luta.



Sou mulher de escolhas e de opinião,

vejo o destino na palma da mão.



Sou mulher de muitas diretrizes,

traçadas por minhas cicatrizes.



Sou mulher de corpo frágil,

mas de alma forte.



Sou a força de toda uma vida

e prova da inexistência da morte.



Se um dia eu cruzar seu caminho agradeça, moço,

poucos têm essa sorte.



Tania Bispo